quinta-feira, 5 de julho de 2007

Melhores Momentos de Glauco Pasa

O lance inicial de Glauco de Oliveira Pasa no jornalismo teve origem no gosto e na facilidade para escrita. Jaguariense, nascido em 3 de julho de 1971, o repórter da RBS TV nunca havia pensado em trabalhar em televisão antes de passar no Vestibular da UFSM, em 1990. Três anos antes, ele veio para Santa Maria fazer cursinho. O pré-vestibular escolhido foi o Riachuelo, que se localizava próximo ao Edifício União, sua primeira residência na cidade, na Rua Silva Jardim, 1953, entre a Avenida Rio Branco e a Rua André Marques.

Uma palestra do Jornal do Almoço em Santa Maria foi determinante para dar um rumo à recém-iniciada carreira de Glauco. A RBS TV queria contratar novos apresentadores. Glauco foi à emissora acompanhar um colega de faculdade interessado em uma vaga, mas considerava “fora de cogitação” participar da seletiva. Mesmo despreparado, ele foi persuadido a realizar o teste. Trocou sua camiseta por uma camisa branca e uma gravata de crochê, emprestadas pelo colega. Glauco teve mais sorte que seu amigo e foi aprovado. Começaram aí as dificuldades em conciliar o trabalho e a faculdade.

Aula de manhã, trabalho ao meio-dia. Aula à tarde, trabalho à noite. Os trajetos do campus à emissora eram feitos de moto, com qualquer condição de tempo. “Muito banho de chuva eu tomei, muita aula eu assisti molhado. Eu não tinha roupa de motoqueiro nem nada, ia no peito e na coragem”. E assim ele se formou. Seis anos após ingressar na faculdade (o Curso de Jornalismo tem duração normal de quatro anos) e com quase seis anos de experiência na maior emissora regional de TV da América Latina.

Convidado para trabalhar no SBT em 1997, aceitou a proposta para ir morar no Paraná. Foram cerca de cinco meses nas funções de editor, repórter e apresentador, mas longe do esporte. Incompatibilidade com a cidade, consenso com a família e a possibilidade de voltar a sua editoria preferida o levaram a aceitar um convite da RBS TV Porto Alegre. Segundo Glauco, o jornalismo esportivo é uma área que possibilita a diversificação da linguagem. “Eu não gosto do ‘quadrado’, da coisa sempre do mesmo estilo. Eu tento fazer por vias diferentes, usar da criatividade. Alguma coisa que faça com que eu seja lembrado pela criatividade”.

Mundial de Clubes FIFA 2006, Yokohama, Japão. Esta foi a cobertura em que Glauco Pasa mais se envolveu como jornalista. Foram duas semanas intensas, difíceis em termos físicos. “Respirava a partir das 6h aquilo (o Mundial de Clubes) e ia dormir às 4h do outro dia com aquilo na cabeça”. O material era transmitido via internet tanto para a RBS quanto para a Rede Globo.

Prestes a completar 17 anos de profissão, Glauco ainda não se sente realizado com o jornalismo. Esse objetivo, para ele, é muito distante, difícil de ser alcançado. O caminho até lá inclui sete horas diárias na redação e em reportagens de campo e apenas um dia de folga, geralmente aos sábados. Como recompensa, um Prêmio ARI (Associação Riograndense de Imprensa) na estante, com a reportagem “A Luta pela Vida”.

A carreira de Glauco Pasa está longe de ter um lance final. Quase sem tempo, ele vem pouco a Santa Maria. Apenas acompanha a cidade de longe, torcendo para voltar a cobrir jogos do Inter-SM na Série A do Campeonato Gaúcho de Futebol. Assim ele iniciou sua carreira na RBS TV Santa Maria. E como ele pretende segui-la? Sem ser confundido com ninguém, e conhecido apenas como Glauco Pasa.


Texto:
Fernando Meneghetti
Tiago Medeiros

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